terça-feira, 15 de setembro de 2009

Rosh Hashaná e Yom Kipur - Iamim Noraim
David Gorodovits

Ao se aproximarem os dias de Rosh Hshaná e Yom Kipur, quando dedicamos mais tempo a nossas reflexões sobre nosso comportamento e sobre as resoluções que pretendemos cumprir no ano que se vai iniciar, é importante lembrar que é fundamental a coerência entre o que pensamos ou afirmamos e nosso comportamento, ou seja pensamento sem ação nada constrói.
Isto está bem exposto no texto do capitulo de Isaias que lemos como Haftará na manhã de Yom Kipur, que segue abaixo.

Isaias Capitulo LVIII

Clama em alta voz, não te contenhas; que ela soe forte como o som do shofar e anuncia, desta forma, a meu povo sua transgressão e a Casa de Jacó seus pecados. Contudo, diariamente fingem buscar pôr Mim, e parecem se deliciar no conhecimento de meus caminhos; como se formassem uma nação que praticou justiça e não se afastou das leis de seu Deus; pedem que lhes transmita Seus justos mandamentos como se tivessem prazer em d’Ele se aproximar. (Eles perguntam) “Porque não percebes que temos praticado jejuns ? Porque não tomas conhecimento de quanto temos afligido nossas almas?” (E D us responde) Vede porem, que no dia de vosso jejum, prosseguis com vosso trabalho e exigis todas as tarefas de vossos servidores. Vós jejuais entre contendas e rixas e continuais a ferir com punho iníquo. Não jejuais, como corresponde a este dia, para que vossa voz se possa ouvir no alto. Por acaso, será este o jejum que eu escolhi, o dia em que meramente humilhais vossa alma? Consistirá apenas em inclinar a cabeça como junco e estender sob se, saco e cinza ? Porventura considerais isto um jejum, e um dia aceitável ao Eterno? Mas, eis o jejum que prefiro - quebrar os grilhões da injustiça, desatar os liames do jugo, libertar os que estão oprimidos, e terminar com toda a escravidão; Certamente, repartir o pão com o faminto, recolher em casa os infelizes sem abrigo; vendo alguém nu, vesti-lo e jamais te esconderes daqueles que são a tua própria carne. Então, romperá a tua luz como a aurora, tua cura brotará, tua justiça irá adiante de ti e a gloria do Senhor te seguirá. Clamarás então ao Senhor e Ele te responderá: suplicarás e Ele dirá: Eis-Me aqui. Se tirares do meio de ti, toda a opressão, o gesto violento e a palavra ofensiva, se abrires teu coração ao faminto, e fartares a alma aflita, então a tua luz nascerá nas trevas, e mesmo tua escuridão, brilhará como o sol do meio dia. O Senhor te Guiará continuamente, Alegrará tua alma, Fortificará teu corpo e serás como um jardim florido, como um manancial cujas águas são inexauríveis. Teus descendentes edificarão os lugares que estiverem desolados. Lançarás os fundamentos de muitas gerações e chamar-te-ão restaurador dos caminhos. Se deixares de espezinhar o Sábado, e te abstiveres de teus negócios, em meu Santo Dia, se chamares ao sábado deleitoso, abençoado pôr Hashem, e o honrares, não seguindo teus próprios caminhos, te empenhando em teu trabalho, ou te envolvendo em discussões, então te deleitarás no Eterno. Farei com que cavalgues sobre as alturas da terra e te proverei da herança de teu pai Jacó. Assim falou o Eterno.

Não há necessidade de comentários para perceber o profundo significado das palavra de Isaias, que parecem ter sido dirigidas a nossa geração.
Estamos no mês de Elul, em preparação para comparecer o julgamento em Rosh Hashná e receber a sentença em Yom Kipur.
Que saibamos tomar decisões e agir em coerência com nossas resoluções para merecermos nos deleitarmos no Eterno e sermos, então, inscritos para um ano de Saúde e Bênçãos de Felicidade e Paz de Alegria e Regozijo, de Sucesso e Prosperidade.
Shana Tova U metuká.
CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA – CHCJ
2º SEMESTRE - 2009.

PENSAMENTO JUDAICO PARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO


Coordenação: Prof. Dr. Saul Fuks
Professor Titular da COPPE/UFRJ
PHD Universidade de Berkeley, EUA.


MÓDULO I I

26/ 10/ 09 – (2ª. Feira) - Mordechai Kaplan: história e razão.

Palestrante: Dr. Edgard Leite – Professor de História da Antiguidade Oriental da UERJ e da UNIRIO.

Raízes do pensamento de Kaplan.
Originalidade teológica: do sobrenaturalismo ao transnaturalismo. Nacionalismo e Sionismo.
O judaísmo como civilização.

10/ 11/ 09 – (3ª. Feira) – Martin Buber e o Hassidismo

Palestrante: Dr. Emmanuel Carneiro Leão – Professor Titular da UFRJ, PHD Universidade de Strasburg – Alemanha.

- Interpretação mística das estórias do Rabi

16/ 11/ 09 – (2ª. Feira) – Ahad Haan e o sionismo hoje

Palestrante: Michel Gherman

Israel como centro de produção espiritual.

23/ 11/ 09 – (2ª. Feira) - Walter Benjamin

Palestrante: Saul Fuks – Professor Titular da Coope/UFRJ, PHD Universidade de Berkeley.

Momentos essenciais na obra de Walter Benjamim, sua concepção filosófica da história, bem como suas raízes judaicas; influência Hegeliana e seu confronto com Hegel.

CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA – CHCJ
2º SEMESTRE - 2009.

PENSAMENTO JUDAICO PARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO


Coordenação: Prof. Dr. Saul Fuks
Professor Titular da COPPE/UFRJ
PHD Universidade de Berkeley, EUA.


MÓDULO I I I

30/ 11/ 09 – (2ª. Feira) - Tradição e Traição – do patriarca Abraham ao profeta contemporâneo Abraham Heschel.


Palestrante: Rabino Sérgio Margulies – Rabino da ARI

Quando a tradição com sua busca de perpetuação e a traição com seu impulso pelo rompimento se complementam, e quando a traição com sua deslealdade e a tradição com a ênfase nos vínculos conflitam. Estes complementares e conflitantes passos têm norteado a trajetória do povo judeu dos primórdios até nosso tempo.


07/ 12/ 09 – (2ª. Feira) - Primo Levi

Palestrante: Dr. Renato Lessa – PHD em Ciência Política, Professor titular Ciência Política/ IUPERJ

terça-feira, 8 de setembro de 2009


IDENTIDADE JUDAICA NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO
Curso coordenado pelo Prof. Saul Fuks
Curso: “Nova reflexão sobre alguns momentos da História Judaica
Pensamento judaico para um mundo em transformação”


CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA


RABINO SOBEL


14 DE SETEMBRO DE 2009
20 HORAS

Auditório do CHCJ
Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar
Telefones: (21) 2156.0413 e 2275.7096
chcj@uol.com.br


CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA


RABINO SOBEL

14 DE SETEMBRO DE 2009
20 HORAS

Auditório do CHCJ
Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar
Telefones: (21) 2156.0413 e 2275.7096
chcj@uol.com.br

LIÇÕES DE UMA LIÇÃO TALMÚDICA DE EMANUEL LEVINAS: SOBRE BRUXARIAS E ESPIRITUALIDADES NUMA RELIGIÃO PARA ADULTOS

Curso coordenado pelo Prof. Saul Fuks
Curso: “Nova reflexão sobre alguns momentos da História Judaica
Pensamento judaico para um mundo em transformação”

CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA
Palestrante: Dr. PAULO BLANK


22 DE SETEMBRO DE 2009
20 HORAS

Auditório do CHCJ
Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar
Telefones: (21) 2156.0413 e 2275.7096
chcj@uol.com.br

Curso composto por 3 módulos.
Investimento – R$ 100,00
Aulas avulsas – R$ 35,00
Módulo I – 4 palestras
Desconto para sócio ARI – 20%
Desconto para estudantes – 50%

A ÉTICA NO PENSAMENTO DE MAIMONIDES

Curso coordenado pelo Prof. Saul Fuks
Curso: “Nova reflexão sobre alguns momentos da História Judaica
Pensamento judaico para um mundo em transformação”


CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA


Palestrante: Dr. NACHMAN FALBEL


07 DE OUTUBRO DE 2009
20 HORAS

Auditório do CHCJ

Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar
Telefones: (21) 2156.0413 e 2275.7096
chcj@uol.com.br



Curso composto por 3 módulos.

Investimento – R$ 100,00

Aulas avulsas – R$ 25,00
Módulo I – 4 palestras

Desconto para sócio ARI – 20%

Desconto para estudantes – 50%

A HERESIA DE BARUCH ESPINOSA:
IMORTALIDADE PESSOAL X ETERNIDADE DA MENTE

Curso coordenado pelo Prof. Saul Fuks

Curso: “Nova reflexão sobre alguns momentos da História Judaica
Pensamento judaico para um mundo em transformação”

CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA
Palestrante: Dr. MARCOS ANDRÉ GLEIZER

19 DE OUTUBRO DE 2009

20 HORAS

Auditório do CHCJ

Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar
Telefones: (21) 2156.0413 e 2275.7096
chcj@uol.com.br

Curso composto por 3 módulos.

Investimento – R$ 100,00

Aulas avulsas – R$ 35,00
Módulo I – 4 palestras

Desconto para sócio ARI – 20%

Desconto para estudantes – 50%

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Palestras para o mês de Junho de 2009

Caso não esteja vendo a imagem abaixo, acesse aqui.
Arte e literatura judaica no século XX

Horário: das 20h às 21:30h. Local: Auditório do CHCJ.
03/ 06/ 2009 – A literatura de Bashevis Singer. Palestrante: professora Bella Jozef
10/ 06/ 2009 – Leitura dramatizada dos textos de I.L.Peretz Apresentado pelo ator Léo Wainer
17/ 06/ 2009 – O humor e a arte no judaísmo Palestrante: Abram Zylbersztajn
25/ 06/ 2009 – Atelier de pintura Palestrante: Solange Palatnik
29/ 06/ 2009 – Leitura dramatizada dos textos de Scholem Aleichem Apresentado pelo ator Gilberto Marmorosh
Local e Informações: Rua General Severiano, 170/ 6º. Andar. Telefones: (21) 2156-0413 e 2275-7096 E-mail – chcj@uol.com.br Blog – http://chcj-rj.blogspot.com
Confere-se certificado.Preço do curso: R$ 100,00. Sócios da ARI e do CHCJ: desconto de 25%.Alunos e professores: desconto de 50%. Aula avulsa: R$ 25,00.
Para ser excluído do cadastro, acesse aqui

Para excluir seu correio eletrônico do cadastro, sair

terça-feira, 5 de maio de 2009

CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA
PROGRAMAÇÃO DO 1 º. SEMESTRE DE 2009


"AS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS DOS JUDEUS"

Este curso foi organizado em conjunto com a ARI e tem como palestrante o Chazan Oren Boljover que é por todos reconhecido como possuidor de uma voz altamente inspiradora. Ele não sómente exporá seus vastos conhecimentos sobre cada um dos temas, como também interpretará várias musicas e apresentará gravações de algumas delas.

07/05 (5ª. feira) – "A música popular e religiosa dos judeus orientais (Mizrachim) e os de fala Ladina".

14/05 (5ª. feira) – "Música ashkenazi. Chazanut e nigun Chassidico".

21/05 (5ª. feira) – "O universo Ídish – do Shtetl ao novo mundo. O fenômeno Klezmer".

27/05 (4ª. feira) – "A música na terra de Israel: Os chalutzim, os compositores clássicos e a música jovem".

Horário: das 20h às 21:30h. Local: Salão Nobre da ARI.

Preço do curso: R$ 80,00 Para sócios da ARI: desconto de 25% Para alunos e professores: desconto de 50% Preço único por aula avulsa: R$ 25,00


"ARTE E LITERATURA JUDAICA NO SÉCULO XX"

A literatura ídish moderna será analisada pela Professora Bella Jozef através das obras de Bashevis Singer.
Dos autores tradicionais dois deles, Scholem Aleichem e I.L.Peretz serão apresentados através de leituras dramatizadas por Gilberto Marmorosh e Léo Wainer.
O humor judaico será apresentado pelo autor de livros de grande sucesso sobre este tema - Abram Zylberzstejn. A expressão da tradição artistica na pintura será revisitada pela artista plástica Solange Palatnick.

04/06 ( 3ª. feira) – "A literatura de Bashevis Singer". Palestrante: Bella Jozef

10/06 (4ª. feira) – "Leitura dramatizada de textos de Sholem Aleichem". Ator: Léo Wainer

17/06 (4ª. feira ) – "O humor e a arte no Judaísmo". Palestrante: Abram Zylberzstejn

25/06 (5ª. feira) – "Atelier de Pintura". Palestrante: Solange Palatnik

30/06 (3ª. feira) – "Leitura dramatizada". Ator: Gilberto Marmorosh

Horário: das 20h às 21:30h. Local: Auditório do CHCJ

Preço do curso: R$ 100,00 Para sócios da ARI e do CHCJ: desconto de 25% Para alunos e

professores: desconto de 50%

Preço único por aula avulsa: R$ 25,00


"GRUPOS DE ESTUDO DO TANACH - SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS, LITERÁRIOS E RELIGIOSOS"

Continuamos em plena função com os dois grupos já existentes.

O primeiro que se reúne às quintas-feiras das 16h às 17:30h e no momento estuda o livro de Reis.

O segundo se reúne às quartas-feiras das 17:30h às 19h, e no momento estuda o livro de Deuteronomio.Um novo grupo se reunirá às quintas-feiras das 18h às 19:30h.

A partir de 07 de maio e iniciará o estudo do livro de Genesis.

Este curso é intensivo (o primeiro grupo foi formado há 4 anos) e seu custo é de R$ 70,00 mensais.


As inscrições estão abertas.

Local: Rua General Severiano, 170/ 6º. andarBotafogo - RJ
Tels: (21) 2156-0413 e 2275-7096
E-mail: chcj@uol.com.br e chcj@cybernet.com.br

quinta-feira, 12 de março de 2009

O bezerro de ouro

Um dos episódios de difícil compreensão no livro de Êxodo é o do bezerro de ouro.
Teriam os judeus, após presenciarem as 10 pragas que assolaram seus opressores e a milagrosa salvação perante o exercito egípcio, sequioso de sangue, esquecido com tanta rapidez, que somente o Eterno poderia ter mudado seu destino que parecia fadado a um sofrimento sem fim?
Cada uma das pragas demonstrou a nulidade dos diversos deuses idolatrados pelos egípcios.
A coluna de fogo que os separou dos egípcios quando eles vieram perseguí-los no deserto, se desvaneceu após o tempo necessário para eles atravessarem o mar pisando em solo seco, entre paredes de mar solidificado, deixando então que o mar desabasse sobre seus opressores afogando-os.
Que outras demonstrações do poder do Eterno seriam necessárias para fortificá-los em sua crença?
E Arão? Que papel desempenhou neste episodio? Concordou brandamente com a solicitação de moldar ídolos, em expressa negação ao que fora ordenado no contexto dos 10 mandamentos?
Como se pode compreender todo este episódio?
Nossos comentaristas elaboraram varias explicações.
A idéia comum a quase todas elas é a de que tendo vivido durante muitos anos num ambiente idolatra, e sendo idolatras todos os povos daquela época, mesmo renunciando a esta pratica, pensavam os judeus que somente através da presença de Moises em seu meio, poderiam os milagres que presenciaram ter ocorrido.
E agora, Moises que (segundo o Midrash) prometera voltar de sua subida ao Monte Sinai após 40 dias e 40 noites, não retornara após decorrido este prazo.
Que lhe teria acontecido? Como sobreviveriam sem ele no deserto?
Não pretendia o povo que se fizesse um ídolo para substituir a seu Deus invisível, mas queriam algo que substituísse Moises em sua ausência.
O “erev rá” ( a multidão de pessoas, não judias, que resolveram seguir o povo judeu na sua saída do Egito), não pensou duas vezes antes de começar a exigir que se fizesse um ídolo segundo seu costume tradicional.
Tornaram-se cada vez mais exaltados e quando Hur (Moises havia deixado o povo sob a direção de Hur e Arão) se opôs drasticamente a atendê-los, não hesitaram em matá-lo.
Que fez então Arão?
Ele tinha completa fé em tudo que Moises falara e tinha certeza de que ele haveria de voltar. Mas quando? Era preciso ganhar tempo para que isto acontecesse.
Talvez Moises tivesse feito a contagem dos 40 dias não a partir do momento em que começara a ascensão, mas do dia seguinte...
Alguns entre os judeus, mais descrentes, já pareciam estar concordando com o “erev rá”, e era preciso a todo custo evitar que o povo do Eterno se deixasse envolver por esta demonstração de idolatria.
Resolveu então procurar ganhar tempo e decidiu que se alguém de entre os judeus tivesse que assumir alguma culpa que fosse apenas ele e não mais ninguém.
Há inclusive um Midrash que narra o seguinte:
Um príncipe, influenciado por más companhias, se dispôs a assassinar o Rei, seu pai, para assumir o trono e conduzir seu país da forma com que seus amigos achavam mais adequada.
Eis que corre até ele seu preceptor e implora: “Não pratique este crime. Se o rei precisa mesmo ser morto, eu o farei por você e que sobre mim recaia a pecha de assassino.”
Ouvindo o que se passava o rei resolveu premiar o preceptor pelo amor que demonstrava ter para com o príncipe e a este fez ver como eram falsos os amigos que o aconselhavam.
Da mesma forma, Arão pensou, se é preciso que se faça a vontade destes estranhos, antes que contamine a nosso povo, assumirei toda a culpa e moldarei uma estatua que simbolize a presença de um intermediário do Eterno em nosso meio.
Pediu que, para a confecção do ídolo que desejavam, lhe fossem trazidos os adornos usados pelas mulheres. Talvez elas se recusassem a entregá-las e conseqüentemente ele não teria a matéria prima necessária para moldá-lo.
Entretanto os homens exigiram as jóias de suas mulheres e filhas e assim as conseguiram.
A divindade mais conhecida no Egito era o “Boi Apis”. Arão moldou, não um boi, mas um filhote, isto é um bezerro, um bezerro de ouro, tentando, através disto, demonstrar que certamente um filhote não podia ter muito poder.
A proclamação do “erev rá” quando o bezerro ficou pronto – “este é vosso deus,ó Israel, o que vos tirou da escravidão do Egito !” mostra claramente que isto não foi dito por alguém de nosso povo, que se fizesse esta proclamação diria: “este é nosso deus”.
Feito o bezerro, propõe Arão: “Amanhã, faremos uma festividade a nosso Deus”. Não ao ídolo, mas a nosso Deus.
Deixando a festividade para o outro dia, haveria mais uma chance de Moises chegar a tempo de sanar todo o mal que se estava fazendo.
No dia seguinte, porem, a multidão dos estranhos, tratou de oferecer sacrifícios ao ídolo, proclamando-o como sendo a divindade, e dando continuidade a seus costume tradicionais iniciou uma celebração repleta de orgias.
Quando Moises, alertado pelo Eterno desce e se depara com o sacrilégio, quebra as Tabuas da Lei e para deixar absolutamente claro que um ídolo não é divino, o destrói, o reduz a pó, mistura-o com água e faz o povo ingerir esta beberagem, sabendo que ela vai constituir parte dos dejetos rejeitados pelo intestino – fim inglório para o que se pretendia apresentar como sendo divino.
Arão, mesmo ao ser repreendido por Moises, mantém sua humildade e não ousa se justificar explicando que raciocínios o levaram a agir de tal forma.
Alguns comentaristas explicam que na inauguração do santuário Arão oferece um sacrifício e este é aceito pelo Eterno , fazendo com que o fogo que viria acender a pira desça dos céus, para demonstrar a todos que ele está perdoado por sua ação.
Este episódio consta do trecho da Torá (“Ki Tissa”,) lida no Shabat 14 de Março.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Programação do segundo trimestre

Estamos elaborando a programação para o trimestre Abril/Maio/Junho, que em breve será divulgada.

PURIM

David Gorodovits

O Shabat que antecede Purim é chamado Shabat Zachor (Sábado da Recordação).Nele se lê um trecho do Deuteronômio onde está escrito:
“Recorda-te do que te fez Amalek, no caminho, quando saias do Egito; ele te encontrou e feriu a todos os enfraquecidos e enfermos que se retardavam, enquanto estavas sedento e fatigado, e Amalek , não temeu a Deus”
“Quando, pois, o Eterno teu Deus te conceder descanso de todos os teus inimigos, na terra que o Eterno teu Deus te está dando por herança, para possuí-la, apagarás a memória de Amalek de debaixo dos céus, não te esqueças”
Esta determinação se tem traduzido através da Historia, na participação dos judeus em todas as lutas que se fizeram contra a opressão. Apagar a memória de Amalek significa fazer com que no mundo não mais possam existir opressão e opressores.
Dentro desta linha de raciocínio, Purim é celebrado em 14 de Adar e comemora um episódio da história dos judeus na Pérsia, descrito na Meguilat Ester (Rolo de Ester)
Ela conta em detalhe como Haman (Ministro do rei) induziu o rei a emitir um decreto ordenando que em todas as províncias da Pérsia, fossem os judeus assassinados em 14 de Adar e como Ester conseguiu, orientada por seu tio Mordechai, fazer com que o rei emitisse outro decreto autorizando os judeus a defenderem suas vidas, destruindo a quem os quisesse destruir, transformando assim a possibilidade de extermínio numa vitória avassaladora.
Nossa tradição considera Haman, como descendente de Amalek, e a maneira simbólica pela qual se cumpre hoje a determinação, de apagar seu nome, é abafar com os mais variados ruídos, o som de seu nome, a cada vez que,ele ocorre durante a leitura da Meguilá.
A designação de Purim, dada a esta festa, deriva da palavra PUR eu significa sorteio, porque Haman através de um sorteio escolheu o mês e o dia que considerou mais favorável para a execução de seus desígnios malévolos.
Na época em que se passaram os acontecimentos narrados na Meguilá, cada um pensava: “Se eu não tenho suficientes méritos para merecer ser salvo pelo Eterno do período que nos acossa, talvez meus amigos os possuam”. E por isto lhes remetiam presentes como que agradecendo por serem salvos por seus méritos. Este continua a ser, de certa forma, o sentido de Sheloach Manot. (Remessa de presentes),sendo que é essencial que também se providencie presentes para os pobres da comunidade.
Aliás costuma-se aumentar nesta época o volume de doações para os necessitados.
É também mitzvá (mandamento) em Purim, fazer uma Seudá (refeição) festiva, que se deve iniciar antes do anoitecer do dia 14 de Adar.
Dos alimentos característicos de Purim, o mais conhecido é o “Oznei Haman” (Orelha de Haman) uma massa em forma de triangulo recheada com guloseimas, também chamada de “Hamentash” (Chapéu de Haman)
Nesta festividade abranda-se a restrição a beber quantidades de vinho maiores que as habituais.
Há um comentário do sábio Ravá que diz, inclusive, que se deve beber até não distinguir mais, entre Abençoado seja Mordechai e Amaldiçoado seja Haman.
Uma explicação para esta recomendação, não é a de que é permitido embebedar-se nesta ocasião, mas sim o que se segue:
A presença do Eterno na condução da história dos povos se percebe tanto pela Benção que Concede aos justos quanto pela maldição que faz cair sobre os malévolos.
Em Purim, relembrando, alem da salvação alcançada, nesta época, naqueles dias, tantas e tantas outras com que o Eterno nos brindou, nosso coração se enche de tanta alegria, que percebemos sua presença, não pela maldição aos malévolos, mas somente pelas bênçãos que Concede aos que trilham Seus caminhos.
Em algumas comunidades se costuma também encenar peças cômicas alusivas aos acontecimentos de Purim .Fantasias e mascaras são usadas pelas crianças e até mesmo por adultos, e se fazem concursos para escolha da Rainha Ester, seja a vitória atribuída pela roupa mais engraçada, pela mascara mais original, ou ainda, pela escolha de alguém a quem a comunidade quer homenagear.
Que não tarde a chegar o dia, em que toda a opressão venha a cessar e as tiranias sejam, para sempre, banidas da terra.
Então não mais haverá razão para que os homens se odeiem, e, em autentica fraternidade, os seres humanos se amarão, uns aos outros, servindo assim, da melhor forma, ao Eterno, o Criador da Vida, do Amor e da Paz.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Relatório 2008



CENTRO DE HISTÓRIA E
CULTURA JUDAICA

ANO: 2008



Editorial
O Centro de História e Cultura Judaica (CHCJ), fundado em 2000, é uma organização sem fins lucrativos, que tem por objetivo incentivar e difundir o estudo da história e da cultura judaica dentro de um contexto amplo, buscando relacioná-las com a cultura e a história universal.
Cumprindo suas funções precípuas, ao longo de 2008, o CHCJ desenvolveu cursos, publicou e lançou livros, deu apóio a publicação de outros e realizou eventos especiais, conforme abaixo detalhados.

1- Livros publicados:

1.1 Inimigos da Fé – judeus,conversos e judaizantes na
Península Ibérica Sec. VII.

Autora: Renata Rozental Sancovsky



1.2 Tribunal da Historia volume II
Processos de formação da identidade judaica e do anti-semitismo
Organização: Saul Fuks


Autores: Bella Jozef; Bernardo Sorj; Davy Bogomoletz;Francisco Moreno de Carvalho; Henrique Rzezinski; Jacob Dolinger; Luiz Nazário; Marcos André Gleizer; Nachman Falbel;Oren Boljover;Paulo Blank; Paulo Geiger; Renato Lessa; Sérgio Margulies.

2 – Lançamentos:
2.1 - Inimigos da Fé –
judeus, conversos e judaizantes na Península Ibérica Sec. VII.
Autora: Renata Rozental Sancovsky Data do lançamento: 31/03/2008
Local do lançamento: Livraria da Travessa ( Ipanema) Editora: Imprinta

2.2 Tribunal da Historia volume II
Processos de formação da identidade judaica e do anti-semitismo
Organização: Saul Fuks
Autores: Bella Jozef; Bernardo Sorj; Davy Bogomoletz; Francisco Moreno de Carvalho; Henrique Rzezinski; Jacob Dolinger; Luiz Nazário; Marcos André Gleizer; Nachman Falbel;Oren Boljover;Paulo Blank; Paulo Geiger; Renato Lessa; Sérgio Margulies. Data do lançamento: 08/09/2008
Local do lançamento: Fundação Eva Klabin Editora: Imago

2.3 – Na espiral do tempo – um passeio pelo calendário judaico.
Autor: David Gorodovits Data do lançamento: 26/06/2008
Local do lançamento: Livraria Argumento (Copacabana)
Editora: Sefer

3 - Livros publicados com o apoio do CHCJ

3.1 - Na espiral do Tempo – um passeio pelo calendário Judaico
Autor: David Gorodovits

3.2 – Judaísmo e Modernidade: suas múltiplas interelações
Organização: Profª. Helena Lewin.



Cursos ministrados no 1º. Semestre:

Literatura Judaica no contexto latino-americano

Palestrante: Profª. Bella Jozef
Professora Emérita da UFRJ. Especialista em Literatura Latino Americana e Teoria Literária

18/ 03 - As vozes antigas do Novo Mundo.
- Influências bíblicas nas recordações do passado.
(Jorge Isaacs, Alberto Gerchunoff, Juan Gelman)

25/ 03 - A Diáspora: o imigrante e o outro.
- Exílio e diáspora, a solidão e o desenraizamento.
(Ezequiel Rawet, José Kozer, German Rozenmacher, Isaac Goldemberg)

01/ 04 - Entre memória e identidade
- A captação da história do judeu na América Latina através dos personagens.
(Moacyr Scliar, Marcos Aguinis, Pedro Orgambide, David Viñas)

08/ 04 - A presença da escritora judia
- O olhar feminino na América Latina e o seu fazer literário.
(Clarice Lispector, Marco Glantz, Alejandra Pizarnik, Angelina Muñoz Huberman)


Arte e poder inquisitorial: imagens da saga judaica na Península Ibérica

Profª. Dra. BENAIR ALCARAZ RIBEIRO
Professora com Mestrado e Doutorado pela USP
Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Intolerância – USP
Ex-docente de História da Arte da Fundação Armando Álvares Penteado e da
Universidade Camilo Castelo Branco

27/ 03 - Introdução geral à História da Inquisição e a
História da Arte produzida entre os séculos XIV e XIX.
A escola flamenga e o estereótipo do judeu
Representações icônicas do período fundacional da Inquisição Ibérica:

03/ 04 - A Inquisição no tempo dos Áustrias
A perseguição aos artistas em busca de evidências de judaísmo
El Greco e as possíveis relações com a comunidade judaica

10/ 04 - A exaltação do Barroco
A Gravura e sua expansão
Os viajantes e Relações de autos-de-fé: a contrapropaganda à Inquisição

17/ 04 - A aversão
Goya e o alcance do combate à Inquisição
Discípulos e seguidores de Goya

Os manuscritos do mar Morto e as origens do Cristianismo

Prof. Dr. EDGARD LEITE
Doutor em História.
Coordenador da Oficina de Estudos da Antiguidade da UERJ.
Professor da UNIRIO

15/ 04 - Os manuscritos de Qumran: questões gerais.
História dos achados. Achados prévios, nos séculos XIX e XX. As cavernas e seus conteúdos. Controvérsias políticas, acadêmicas e arqueológicas. Discussões posteriores sobre o conteúdo dos documentos e sua guarda. Teorias sobre as origens dos documentos.

22/ 04 - O mundo que gerou os manuscritos de Qumran.
A Judéia no período do Segundo Templo. Discussões sobre o poder de Jerusalém e resistências políticas e religiosas. Movimentos religiosos da época. O livro de Enoque e o seu judaísmo. O pensamento apocalíptico e suas dimensões teológicas e políticas.

29/ 04 - Textos sagrados e literatura bíblica em Qumran.
Principais textos e documentos encontrados em Qumran. Tipologia e importância. Textos bíblicos encontrados em Qumran: sua natureza.

06/ 05 - Qumran e as origens do cristianismo.
Elementos gerais do pensamento apocalíptico em Qumran. O livro de Daniel, o livro de Enoque e seus temas no restante da literatura religiosa do período do segundo templo. A figura do “filho do homem” e o “filho de Deus” em 4Q246 e 4Q174. A “divinização” de Moisés em 4Q374 . O sacerdócio celestial em 4Q400 e em outros textos de Qumran. Elos com o cristianismo antigo.

13/ 05 - O universo religioso da Judéia durante as ações do Jesus Histórico.
Especulações e teorias sobre as relações entre Jesus e o restante da comunidade judaica. Relações entre Jesus e os fariseus. A primeira guerra judaica e seus efeitos.

Judaísmo e Islamismo

Prof. Dr. EDGARD LEITE
Doutor em História.
Coordenador da Oficina de Estudos da Antiguidade Judaica da UERJ. Professor da UNIRIO.

Profª. Dra. RENATA R. SANCOVSKY
Doutora em História Social – USP. Mestre em História Social - UFRJ
Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Intolerância – USP
Professora do Departamento de História da UGF


24/04 - Maomé, O Corão e as relações com os judeus da Península Arábica.
Palestrante: Dra. Renata R. Sancovsky.

15/ 05 - A Espanha Muçulmana e os judeus – os caminhos entre
a tolerância e segregação.
Palestrante: Dra. Renata R. Sancovsky.

29/05 – O Império Otomano e os judeus entre os séculos XVI e
XIX.
Palestrante: Dra. Renata R. Sancovsky.

05/ 06 – Relações entre judeus e muçulmanos nos séculos XIX,XX
e XXI.
Palestrante: Dr. Edgar Leite


60 anos de história moderna


Prof. Paulo Geiger
Editor, Designer e Consultor do CHCJ

Prof. Dr. EDGARD LEITE
Doutor em História. Professor da UNIRIO.
Coordenador da Oficina de Estudos da Antiguidade Judaica da UERJ.

20/ 05 - O ideal do retorno como elemento da História Judaica.
De como os judeus continuaram a ser um povo só, preservaram seus valores e sua convergência ao longo de 2.000 anos de dispersão.

27/ 05 - 2000 anos depois – o retorno.
De como o vínculo pela religião, pela memória histórica, pela cultura, pela percepção de grupo se transformou num direito como o de todos os povos, à luz de novas idéias e dos novos ideais da modernidade, e de como esse direito gerou um movimento, e o movimento gerou um Estado.

03/ 06 – Cultura e Identidade Judaica em Israel.
De como o moderno estado de seus cidadãos expressa uma identidade judaica, de como uma nação moderna de 60 anos é a continuação da milenar história de um povo, dos dilemas e da singularidade dessa aparente ambigüidade.

17/ 06 – O conflito atual – sua origem e desenvolvimento.
De como uma solução nacional para dois povos, não excludente, foi recusada por um deles originando um conflito; dos complicadores desse conflito, das tentativas de solução, das sucessivas crises, dos fatores locais e internacionais, das perspectivas e perigos.

24/ 06 – Os movimentos de esquerda e os judeus no século XX.
Palestrante: Prof. Dr. Edgar Leite.
- Posições de Lênin sobre o nacionalismo judaico. Polêmicas como Bund e o movimento sionista. Conflitos após a revolução de 1917. O projeto de Birobdijan e seu significado. O fim da seção judaica do Partido. O pós-segunda guerra mundial. A URSS e Israel durante a guerra fria. A política de alianças da URSS no Oriente Médio e suas influências sobre o pensamento de esquerda mundial. A crítica de Herbert Marcuse. Posições após o colapso da URSS.

O Tanach ( a Bíblia ) como base histórica e cultural do povo judeu.
Palestrante: Prof. David Gorodovits
Engenheiro civil, escritor e tradutor.
Diretor Executivo do CHCJ.



Cursos ministrados no 2º. Semestre:

Grandes temas do judaísmo contemporâneo


Prof. Dr. EDGARD LEITE
Doutor em História. Professor da UNIRIO.
Coordenador da Oficina de Estudos da Antiguidade Judaica da UERJ.

Profª. Dra. SOFIA DÉBORA LEVY
Psicóloga clínica
Terapeuta corporal

24/ 09 – O Iluminismo, o idealismo e o racionalismo, segundo Moses Mendelssohn e Hermann Cohen.

15/ 10 – A crítica histórica da Bíblia, segundo Abraham Geiger, Kaufmann Kohler e Claude Montefiore.

29/ 10 – A civilização judaica, segundo Mordechai Kaplan.

05/ 11 – O Holocausto, segundo Eliezer Berkovitz, Richard Rubenstein e Emil Fackenheim.

12/ 11 – A reflexão metroprocessual acerca do Holocausto.
( Palestrante: Profª. Dra. Sofia Débora Levy)
A consciência crítica da escola de Frankfurt e a ética humanista Erich Fromm.

19/ 11 – A mística judaica, segundo Gerschom Scholem e Adin Steinsaltz.

26/ 11 – A mulher: um novo olhar, segundo Judith Plaskow e Rachel Adler.


Intolerância: uma perspectiva histórica

Prof. EDGARD LEITE
Doutor em História.
Coordenador da Oficina de Estudos da Antiguidade Judaica da UERJ. Professor da UNIRIO.
Profª. RENATA R. SANCOVSKY
Doutora em História Social – USP. Mestre em História Social - UFRJ
Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Intolerância – USP
Professora do Departamento de História da UGF
Prof. André Chevitarese
Doutor em Antropologia social
Professor da UFRJ – Departamento de História

14/ 08 - O discurso intolerante nos primeiros séculos da Idade Média: o
pensamento eclesiástico e os “homens sem Deus”.
Palestrante: Dra. Renata R. Sancovsky.

21/ 08 - Raças, religiões e etnias: a construção de padrões de intolerância
do século XVI e XX.
Palestrante: Dr. Edgar Leite

28/ 08 – Intolerância e mitologia: o mito da conspiração judaica e seus
desdobramentos no Brasil.
Palestrante: Dra. Renata R. Sancovsky.

04/ 09 – A reconstrução da história cristã a serviço da intolerância.
Palestrante: Dr. André Chevitarese

11/ 09 – A modernidade no impasse: fundamentalismo, capitulação e luta
pelo respeito religioso.
Palestrante: Dr. André Chevitarese

18/ 09 – Tolerância e intolerância nas sociedades capitalistas e socialistas do
século XX: entre a autoridade do coletivo e a emergência do indivíduo.
Palestrante: Dr. Edgar Leite.


Tehilim ( Salmos ) sua expressão na literatura e na música

Palestrante: Prof. David Gorodovits
Engenheiro civil, escritor e tradutor.
Diretor Executivo do CHCJ.

Palestrante: Chazan Oren Boljover
Chazan da Associação Religiosa Israelita - ARI

1 – O que motivou a escolha de determinados Salmos para cada dia da semana
Palestrante: Prof. David Gorodovits

2 – Os Salmos de Rosh Hashaná e Yom Kipur e o estado de espírito destas datas.
Palestrante: Prof. David Gorodovits

3 – As circunstâncias nas quais o Rei David compôs alguns dos Salmos.
Palestrante: Prof. David Gorodovits

4 – Salmos que inspiraram obras literárias.
Palestrante: Prof. David Gorodovits

5 – Instrumentos usados para o acompanhamento musical dos Salmos
Palestrante: Chazan Oren Boljover

6 – Como as músicas folclóricas de cada país influenciaram na melodia dos salmos.
Palestrante: Chazan Oren Boljover


Nova reflexão sobre alguns momentos da história judaica
Coordenação: Prof. Saul Fuks

Palestrantes:
Chazan Oren Boljover, Dr. Jacob Dolinger, Prof. Nachman Falbel, Profª. Renata Rozental Sancovsky, Prof. Emmanuel Carneiro Leão, Dr. Paulo Blank, Rabino Sérgio Margulies, Dr.Michel Gherman e Prof. Paulo Geiger.

Chazan Oren Boljover
Chazan da Associação Religiosa Israelita – ARI
Prof. Jacob Dolinger
Professor Universidade UERJ/ Miami/ Haifa
Prof. Nachman Falbel
Professor titular da USP
Vice-Presidente do Arquivo Judaico
Profª. Renata R. Sancovsky
Doutora em História Social – USP. Mestre em História Social - UFRJ
Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Intolerância – USP
Professora do Departamento de História da UGF
Prof. Emmanuel Carneiro Leão
Professor Emérito UFRJ
PHD Universidade de Strassburg – Alemanha
Prof. Dr. Paulo Blank
Psicanalista e Doutor UFRJ
Autor de livros.
Rabino Sérgio Margulies
Rabino da Associação Religiosa Israelita – ARI
Prof. Renato Lessa
PHD em Ciência Política
Professor Titular IUPERJ
Prof. Michel Gherman
Doutor em História pela Universidade de Jerusalém
Prof. Paulo Geiger
Editor e Conselheiro do Centro de História e Cultura Judaica

19/08 – Fontes do repertório musical da sinagoga ashkenazi.
Palestrante: Chazan Oren Boljover.
Qual a origem das músicas sinagogais?

26/08 – A dialética no Talmud.
Palestrante: Prof. Jacob Dolinger
O estudo do Talmud como chave para a sabedoria.

09/09 – A inquisição: fundamentos ibéricos e desdobramentos no Brasil.
Palestrante: Profª. Renata Rozental Sancovsky
Serão discutidas as bases intelectuais que inspiraram a criação do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição na Espanha e Portugal, suas estruturas institucionais de perseguição aos cristãos-novos, e os reflexos sobre a sociedade brasileira, onde a perseguição fez formar um universo secreto de marranos.

23/09 – A questão da ética em Martin Buber.
Palestrante: Prof. Emmanuel Carneiro Leão
Ética não é padrão normativo, é criação ativa da convivência.

07/10 – Fé e inconformismo: nos passos do patriarca Abrahão o caminho do profeta da modernidade Abrahão Herschel.
Palestrante: Rabino Sérgio Margulies.

04/11 – A importância da literatura do holocausto
Palestrante: Prof. Renato Lessa.

11/ 11 – Israel no Oriente Médio
Palestrante: Prof. Michel Gherman
A geopolítica do Oriente Médio e seus reflexos sobre o estado de Israel.

18/ 11 – Yeshaiau Leibowitz: conflitos entre religião e ética
Palestrante: Dr. Paulo Blank
Químico, médico, filósofo e teólogo, analista político, editor de Enciclopédia Judaica, detentor do Prêmio Israel, religioso, tradicionalista, intérprete da Bíblia, pensador rigoroso de obra incomum, afirmava a separação entre ética e religião, chegando a considerar a santidade da terra como idolatria e a prolongada ocupação da Palestina como o maior perigo à sobrevivência moral do estado judeu.

25/11 – Primo Levy
Palestrante: Prof. Renato Lessa

02/ 12 – Conflitos internos na sociedade israelense
Palestrante: Prof. Michel Gherman
Quais as principais contradições que se apresentam historicamente e quais os possíveis cenários de seu desenvolvimento.

09/ 12 – O terrorismo e o problema palestino
Palestrante: Prof. Renato Lessa
Quais os desafios dos problemas do Estado de Israel com os Palestinos.
O terrorismo é uma forma de luta defensável?

16/ 12 – O anti semitismo hoje
Palestrante: Prof. Paulo Geiger

Eventos

Inauguração da placa em homenagem (póstuma) ao Sr. Hans Stern.
Local: Centro de História e Cultura Judaica Data: 30/ 05/ 2008

IV Festival de Cinema Judaico

Filme patrocinado pelo CHCJ e Habonim Dror “O pequeno traidor”.
Baseado no romance “A pantera no porão” de Amos Oz.
Local: Espaço de cinema I – Botafogo Data: 24/ 08/ 2008

Lançamento do livro “Tribunal da História” volume II.
Local: Fundação Eva klabin Data: 08/09/2008

Palestras na Fundação Eva Klabin

“Aracy Guimarães Rosa – A Schindler Brasileira”
Palestrantes: Embaixador Luiz Felipe Lampreia e Sr. Osias Wurman
Data: 07/04/2008

“De Einstein a Hiroshima – Guerra e Paz”
Palestrante: Dr. Alfredo Tolmasquim
Data: 25/08/2008

Compõe o CHCJ os seguintes órgãos e respectivos membros:

Conselho Diretor
Presidente: Daniel Miguel Klabin
1º. Vice-Presidente: Sami Leopold Goldstein
2º. Vice-Presidente: Samuel Elias Azulay Benoliel
Cláudio Bergstein
Harry Adler
Jacob Steinberg
Marina Ventura Gotlieb
Tomas Zinner

Conselho Acadêmico
Coordenador Geral: Paulo Geiger
Vice-Coordenador: Saul Fuks
Alberto Venâncio Filho
Áurea Zimelson Schechtman
Edgar Leite
Ester kosovsky
Helena Lewin
Jacob Dolinger
Renato Lessa
Ruy Flacks Schneider

Conselho Fiscal
Mônica Maria Welsing
Osias Wurman
Waldir Pereira de Castro

Associados Beneméritos
Celso Lafer
Eliezer Burlá
Hans Stern (homenagem póstuma)
Guilherme Levy
José Kogut
Nuchym Frajhof

Diretor Executivo
David Gorodovits

A existência e manutenção do CHCJ, desde a sua fundação, tornaram-se possíveis graças à ativa contribuição de um grande incentivador da cultura, do estudo da história e das artes, Dr. Daniel Miguel klabin.