quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Shabat e o povo Judeu

O 4º Mandamento ordena: “Lembra-te do Sábado para santificá-lo...”
(Êxodo 20:8)
O que significa a santificação do Shabat?
Nos primeiros 6 dias da Criação, Hakadosh, Baruch Hú, desencadeou processos criativos que conduziriam o mundo a evoluir segundo as leis que Ele estabeleceu. Estas leis porem, não se tornaram independentes de Quem as estabeleceu. No 7º dia o Eterno deteve o processo criativo e contemplando a beleza e a perfeição de sua obra, o Abençoou, determinado que seria perpetuamente um dia de repouso especial, com o nome Shabat, em que nenhuma tarefa criativa (melachá) seria realizada e toda a criação se poria em harmonia com seu Criador.
Seria um dia de deleite para o ser humano, a quem confiou a tarefa de continuar a compleição do que fora criado, durante os 6 dias da semana, usando para isto as habilidades que lhe foram concedidas pelo Eterno.
Para que o Shabat possa ser plenamente cumprido, um sábio de nossa geração, Daian Dr. Isidor Grunfeld, escreveu uma pequena obra prima sob o titulo de “O que é respeitar o Shabat?”
Neste livro ele nos ensina, de maneira clara e objetiva, em que consistem as “melachot” que não devem ser praticadas no Shabat.
Entretanto, este dia abençoado não se caracteriza somente por proibições. Muito pelo contrario. É um dia em que podemos sentir alegrias que dificilmente nos são possíveis durante os 6 dias da semana, tais como, esquecer os problemas do dia a dia, dedicar-se a retemperar a alma, o coração e a mente, através do estudo da Torá e seus comentários, a convivência plena com nossa família e com nossos amigos, a participação nos Serviços Divinos na sinagoga a qual estamos filiados, enfim a dar significado mais elevado a nossa existência.
Na realidade o Shabat é o grande presente que o Eterno doou ao Povo Judeu, e este livro certamente ajudará a cada um dos que o lerem, a usufruir com mais intensidade todos os benefícios que este presente pode proporcionar.
Cremos que após sua leitura, ninguém se mostrará indiferente ante a perspectiva de alcançar e renovar, a cada semana, um estado de plenitude que o inspirará a tornar sua vida um repositório de Bênçãos.
Nossa tradição nos ensina que em cada véspera de Shabat, quando voltamos da Sinagoga, dois anjos nos acompanham. Um que representa o instinto para o bem e o outro o instinto para o mal, que em nós foram implantados pelo Eterno para que tivéssemos livre arbítrio para escolher nossos caminhos.
Ao chegar a casa eles a examinam com cuidado. Se nela não há respeito pelo Shabat, não há harmonia familiar, não há o sentimento da busca de união do coração das criaturas com seu Criador, o que representa o instinto para o mal declara: “Que cada Shabat nesta casa, seja igual a este”, e o outro anjo, a contra gosto, responde - Amem.
Se, porem, eles verificam, que há naquela casa, respeito ao Shabat, harmonia familiar, corações que se alegram em sua união com o Eterno, o anjo que representa o instinto para o bem declara: “Que cada Shabat nesta casa, seja igual a este”, e o outro anjo, a contra gosto responde – Amem.
Queira o Eterno que, ao chegarem seus anjos mensageiros à residência de cada judeu, possam proclamar com entusiasmo: “Que cada Shabat seja tão perfeito e completo, como o que está sendo, hoje, vivenciado”.

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